Série de temas especiais – vestibulares – 2019EV2 – morte (Fuvest, Vunesp, Uniube e outros vestibulares.)

Fonte: Bruegel, Pieter, o velho (1525-1569) pintor flamengo – O triunfo da morte.

Estudos para tema de redação 2019EV02

Palavras-chave

Morte, vida, medo da morte, eutanásia, suicídio, “carpe diem”, “memento mori”.

Texto 19E-14

https://novaescola.org.br/conteudo/263/a-morte-na-visao-de-seis-filosofos

Texto 19E-15

Texto 19E-16

https://tab.uol.com.br/direito-morte/

Texto 19E-17

Tema de redação 2019EV02

Texto 01.

“Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela pudesse fazer nada. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu, exultante, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. ‘Muita gente já morreu nesta casa’; ‘Desculpe, já houve morte em nossa família’; ‘Aqui nós já perdemos um bebê também.’ Depois de percorrer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição. Voltou a ele e disse: ‘O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte’.

A morte pode ser vista como um mistério incompreensível. Ou como um absurdo inaceitável. A morte pode até ser tratada como um tabu. Mas, seja como for, aceitemos isso ou não, a morte é uma realidade inexorável. Por mais que queiramos nos esconder dela, deixar de existir é tão natural quanto existir. Na verdade, a morte é provavelmente a única coisa certa na sua existência ou na minha: é certo que todos nós vamos morrer um dia.”

Fonte: https://super.abril.com.br/historia/a-historia-da-morte/

Texto 02.

Fonte: https://conteudo.imguol.com.br/c/tab/eutanasia/conceitos_v10.jpg

Texto 03.

Tu? Eu?

Não morres satisfeito. A vida te viveu sem que vivesses nela. E não te convenceu nem deu qualquer motivo para haver o ser vivo.

A vida te venceu em luta desigual. Era todo o passado presente presidente na polpa do futuro acuando-te no beco. Se morres derrotado, não morres conformado.

Nem morres informado dos termos da sentença de tua morte, lida antes de redigida. Deram-te um defensor cego surdo estrangeiro que ora metia medo ora extorquia amor.

Nem sabes se és culpado de não ter culpa. Sabes que morres todo o tempo no ensaiar errado que vai a cada instante desensinando a morte quanto mais a soletras, sem que, nascido, more onde, vivendo, morres.

Não morres satisfeito de trocar tua morte por outra mais (?) perfeita. Não aceitas teu como aceitaste os muitos fins em volta de ti.

Testemunhaste a morte no privilégio de ouro de a sentires em vida através de um aquário. Eras tu que morrias nesse, naquela; e vias teu ser evaporado fugir à percepção. Estranho vivo, ausente na suposta consciência de imperador cativo.

Foste morrendo só como sobremorrente no lodoso telhado (era prêmio, castigo?) de onde a vista captava o que era abraço e não durava ou se perdia em guerra de extermínio, horror de lado a lado.

E tudo foi a caça veloz fugindo ao tiro e o tiro se perdendo em outra caça ou planta ou barro, arame, gruta. E a procura do tiro e do atirador (nem sequer tinha mãos), procura, a procura da razão de procura.

Não morres satisfeito, morres desinformado.

Fonte: “A Falta que Ama”, Carlos Drummond de Andrade.

Proposta de redação 2019EV2-A – dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)

Em uma dissertação argumentativa, posicione-se em relação à ideia de a morte ser em algum aspecto positiva para como as pessoas encaram a vida, os relacionamentos, o trabalho, etc. Como forma de estímulo para esse debate, considere o aforismo abaixo:

“O medo da morte nos força a viver – a nos relacionar, a procriar, a criar, a construir coisas que nos transcendam.” (Luce des Aulniers, socioantropóloga canadense)

Instruções:

  1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
  2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
  3. Dê um título a sua redação.

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