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Estudos para o tema de redação 20N20
Palavras-chave – idosos, velhice, aposentadoria, juventude, beleza, ética, família.
Texto 20T75
Texto 20T76
Texto 20T77
Texto 20T78
Tema de redação 20N20
Idosos
Textos de apoio para as situações A e B.
Texto 01.
“A sociedade passa por grandes modificações. A tecnologia avança, os meios de comunicação bombardeiam com fatos e dados, a vida é cada vez mais agitada, o tempo cada vez menor e as condições econômicas são mais difíceis, principalmente à medida que as pessoas vivem mais. Isso tudo exige uma capacidade de adaptação, que o idoso nem sempre possui, fazendo com que essas pessoas enfrentem diversos problemas sociais.
Envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada. É uma fase em que, ponderando sobre a própria existência, o indivíduo idoso conclui que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados.
A Organização Mundial de Saúde – OMS definiu como idoso um limite de 65 anos ou mais de idade para os indivíduos de países desenvolvidos e 60 anos ou mais de idade para indivíduos de países subdesenvolvidos.
A qualidade de vida e o envelhecimento saudável requerem uma compreensão mais abrangente e adequada de um conjunto de fatores que compõem o dia a dia do idoso. Dessa maneira, o presente artigo tem como objetivo discutir sobre a situação social do idoso no Brasil considerando os aspectos demográficos e epidemiológicos, aspectos psicossociais com destaque para a aposentadoria, a importância da família e as relações interpessoais.”
Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-revela-dados-sobre-o-consumo-de-drogas-no-brasil
Texto 02.
“Pela primeira vez na história, há mais idosos no mundo do que crianças pequenas, informou a ONU.
São 705 milhões de pessoas acima de 65 anos contra 680 milhões entre zero e quatro anos.
As estimativas apontam para um crescente desequilíbrio entre os mais velhos e os mais jovens até 2050 – haverá duas pessoas com mais de 65 anos para cada uma entre zero e quatro anos.
Essa desproporção simboliza uma tendência que os demógrafos vêm acompanhando há décadas: na maioria dos países, estamos vivendo mais e tendo cada vez menos filhos.”
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47799778
Texto 03.
“Imagine-se em um encontro com o maestro João Carlos Martins e perguntando se ele vai tocar seu “pianinho” esta noite. Faz sentido? Que tal sugerir ao ex-atleta Edson Arantes do Nascimento, sim, ele mesmo, o Pelé, a brincar de “bolinha” com ele. Parece normal?
Falaria para a cantora Elza Soares que é hora dela ir para a ‘caminha’? E que tal ignorar a presença de algum ganhador do Prêmio Nobel —majoritariamente composto por idosos— e fazer perguntas sobre eles a qualquer pessoa que esteja no mesmo ambiente. Combina?
Parece exagero e até piada mas, infelizmente, é o que familiares e até profissionais de saúde fazem com certa frequência ao tratar idosos como crianças, desconsiderando escolhas e opiniões, retirando a autonomia e os excluindo de conversas e discussões importantes.
Esses são apenas alguns dos principais pontos que envolvem o que se entende como a infantilização do idoso. O termo está diretamente relacionado ao “ageismo”, ou “idadismo”, identificado pelo gerontólogo Robert Butler (EUA), vencedor do Prêmio Pulitzer em 1976 pelo livro “Why Survive: Being Old In America” (“Por que sobreviver: ser idoso nos EUA”, em tradução livre), e que se configura pelo preconceito contra idosos.
É como se a maturidade e as respectivas capacidades cognitivas de um idoso fossem incompatíveis com as da vida adulta. Como se um idoso tivesse o mesmo nível de compreensão de uma criança da primeira infância. A infantilização do idoso é um mal que pode fazer com que os idosos se sintam diminuídos e tenham sua autoestima severamente afetada. ‘Na medida em que minimizamos sua autoconfiança e sua autoestima, o idoso é levado a ter um olhar sobre si mesmo como alguém frágil e incapaz’, explica Eloah Mestieri, psicanalista com experiência em bem-estar na terceira idade.”
Proposta de redação 20N20A – dissertação – Fuvest, Vunesp, Uniube, Famema, Famerp, etc.
Escreva uma dissertação sobre sua concordância ou discordância em relação ao aforismo abaixo:
“Torna-te velho cedo, se quiseres ser velho por muito tempo.” (Cícero)
Instruções para a dissertação da proposta de redação A:
- A situação de produção de uma dissertação argumentativa requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- O tamanho da redação deverá ser adequado ao concurso pretendido, para tanto é importante que o texto deva ser adequado aos seguintes limites impostos pelas universidades até 2019: entre 20 e 30 linhas (Fuvest), 15 a 33 linhas (Vunesp), 25 e 30 linhas (Uniube), etc. Por isso, é imprescindível que a universidade pretendida seja informada com destaque logo após o código da proposta de redação na folha que será entregue para a correção. Do contrário, a correção levará em consideração a norma mais comum: 25 linhas como mínimo e 30 como máximo.
- Dê um título a sua redação.
Proposta de redação 20N20B – dissertação – Enem.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os dilemas do expressivo aumento do número de idosos no Brasil no século XXI.”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções para a dissertação no Enem:
- O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
- O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
- A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
- A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
- A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Texto (s) de apoio para as situações C e D.
Respeitar os idosos é aceitar o próprio futuro
O que temos ensinado aos nossos filhos a respeito da velhice? Pelo jeito, não temos passado boas lições sobre o assunto, e quem levantou o tema de nossa conversa de hoje foi o pai de um bebê de dez meses. Em sua correspondência, ele conta que teve de ir a um ambulatório de um hospital e, na sala de espera, encontrou muita gente. Acomodados nas cadeiras disponíveis no local estavam vários jovens e adultos e, em pé, várias senhoras -com mais de 70 anos-, uma delas cega. Parece que ninguém “viu” as idosas, ou seja, ninguém cedeu o lugar mais confortável a elas. “O que aconteceu? De quem é a culpa pelo comportamento dessa geração que não se importa se um senhor com bengala está em pé com muito custo? Das escolas? Dos pais, que não ensinam o respeito aos outros -ou, se ensinam, praticam o oposto?” A indignação e a reflexão de nosso leitor, expressas nessas perguntas, fazem muito sentido. Só que pais e escolas não estão sozinhos nessa história.
É bom lembrar que vivemos um tempo em que ninguém quer envelhecer: usamos todos os recursos para maquiar a idade e temos bons motivos para isso. O velho não é bem-visto -nem sequer é visto- pela sociedade. Quem tem mais de 50 anos tem dificuldade para arrumar emprego, encontrar um parceiro quando está sozinho, ter um programa de lazer adequado e ser respeitado pelas crianças e pelos jovens. A palavra “coroa” deixou de ter um sentido carinhoso -se é que um dia já teve- e passou a ser pejorativa. Ofende-se quem é chamado de “coroa”, mas a mesma pessoa pode sentir-se orgulhosa quando o adjetivo escolhido é “animal”.
Recentemente, pudemos ler a seguinte nota na revista “Veja”: “Bruna Lombardi estrela a edição de março da revista “Vip” disposta a provar que uma cinquentona, com a genética e os ângulos certos, pode continuar a ser considerada mulher”. O recado social é claro: depois dos 50, perde-se a humanidade e a cidadania. Se não admitimos envelhecer, faz sentido ignorar que é preciso ensinar crianças e jovens a respeitar os idosos, não é? Fazemos de conta que quem é velho já morreu e pronto.
Respeitar o velho -escondido até na denominação “terceira idade” ou “melhor idade”- não é apenas uma questão de bons modos. Respeitar o idoso é reverenciar a experiência de vida, o conhecimento, a sabedoria acumulada de quem viveu e aprendeu, de quem sofreu, de quem tem um passado e uma história, de quem colaborou com a construção desse mundo e de quem deu a vida a quem hoje é jovem. Respeitar o velho é preservar nossa memória, aceitar o futuro e reconhecer o passado. Mas parece que o que vale hoje é o presente: viver o aqui e o agora é imperativo. Vivendo assim, como será o amanhã?
Temos um problema: a população brasileira envelhece, e os dados do censo são prova disso. Que contradição é essa que nos faz cegos a essa realidade? Ensinar e estimular crianças e jovens a conviver com os velhos pode ser positivo para ambos: aos mais novos, para que aprendam sobre a vida e a importância dos vínculos afetivos e dos compromisso assumidos, e aos mais velhos, para que ganhem um sopro de alegria, de entusiasmo, de esperança.
Uma amiga contou que, no supermercado, observou uma cena interessante. Uma velha senhora fazia suas compras acompanhada da neta de mais ou menos 12 anos, que, consciente da importância de seu papel, desempenhava-o de modo exemplar. Apontava o que a avó precisava, perguntava as preferências dela, dirigia o carrinho, fazia tudo o que fosse necessário para poupar a avó o mais que pudesse. De tão inusitada, a cena chamou a atenção de outra mulher que não se conteve e disse: “Muito bem, ajudando a avó a fazer compras; meus parabéns!”.
O lugar destinado ao velho em nossa sociedade se expressa na educação que damos a filhos e alunos. Temos, no mínimo, um motivo bem egoísta para ter mais cuidado com essa questão: vamos envelhecer. E nossos filhos também. Por incrível que pareça.
ROSELY SAYÃO é psicóloga, consultora em educação e autora de “Sexo é Sexo” (ed. Companhia das Letras).
Fonte: Folha de São Paulo, caderno Equilíbrio, 27/3/2003.
Proposta de redação 20N20C – outros gêneros – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.
Escreva uma carta aberta a sua escola com o intuito de buscar a valorização e a integração dos idosos que são tios, avós, pais, etc., de estudantes à comunidade escolar. A carta deverá ser enviada nos grupos de WhatsApp das turmas da escola.
Proposta de redação 20N20D – outros gêneros argumentativos – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.
Faça um artigo de opinião sobre o preconceito contra o idoso em curso na sociedade brasileira do século XXI.
Instruções para as propostas de redação C e D:
Leia com atenção todas as instruções.
- Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
- Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
- Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
- Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA.
- Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
- Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
- Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.