Tema de redação 20N22 e sugestões de leitura – consumismo (Enem, Fuvest, Vunesp, Unicamp, UFU e demais vestibulares.)

Fonte da imagemhttps://www.stevecutts.com/

Estudos para o tema de redação 20N22

Palavras-chave – consumismo, consumo, alienação, sobrevivência, saúde mental, compulsão, capitalismo, compulsão.

Texto 20T83

Texto 20T84

Texto 20T85

Texto 20T86

Braincast 248 – Obsolescência Programada: o motor secreto da sociedade de consumo

Tema de redação 20N22

Consumismo

Textos de apoio para as situações A e B.

Texto 01.

Visão de Mundos: Mafalda e o Consumo...

Fonte: https://www.quino.com.ar/

Texto 02.

“Consumo é o ato de comprar algo relacionado à necessidade ou à sobrevivência. Já o consumismo, é a prática de comprar em excesso e se caracteriza pela ausência da necessidade. O que muitos não sabem é que o consumismo pode ser uma doença.

A Oniomania ou ‘compra compulsiva’ é uma doença caracterizada por atos excessivos, incontroláveis, repetitivos e irresistíveis em comprar indiscriminadamente. Não importa a mercadoria ou a necessidade, o desejo em adquirir se sobrepõe de forma irracional.

Esse é o caso de Cida, uma moça de 35 anos, advogada e mãe de dois filhos pequenos. Toda sua dificuldade financeira não foi suficiente para frear seu impulso de comprar.

Ela não sabe explicar onde tudo começou, mas lembra que se sentia insegura e toda vez que comprava, via sua insegurança diminuir. Além disso, observou que comprar a deixava mais calma, com isso fez das compras um “remédio” para sua ansiedade. Certa vez, Cida entrou numa loja e gastou o equivalente a 5 vezes o seu salário. No ato da compra, uma euforia muito próxima a sensação de felicidade, mas logo em seguida teve que conviver com a culpa, o arrependimento e a vergonha.

Chegar em casa era uma aventura pois escondia sacola no carro, na portaria do prédio, ou até deixava na loja para buscar depois. Era mentira em cima de mentira e uma manobra financeira para pagar tudo. Um mês deixava a escola do filho atrasar, no outro a prestação do carro, um adiantamento na empresa e mais compras. A bola de neve cresceu tanto a ponto dela não conseguir mais esconder da família e do marido. Quando foram fazer as contas, foi preciso vender o carro e ainda assim não foi suficiente para quitar toda a dívida.

Muitos pensam que é fácil deixar de ser assim, basta parar de comprar, mas, quando se trata de compulsão a coisa não é tão simples. O comportamento compulsivo se impõe e fica muito difícil frear o impulso.

Essa dificuldade tem correlação com a obtenção de prazer imediato que é gerado após o ato, uma gratificação que é reforçada cada vez que o comportamento se repete. Um ciclo vicioso que se retro-alimenta e chega a níveis inimagináveis de dependência.”

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/simone-demolinari-1.334203/quando-o-consumismo-significa-doen%C3%A7a-1.673358

Texto 03.

“Aparentemente, o consumo é algo banal, até mesmo trivial. É uma atividade que fazemos todos os dias, por vezes, de maneira festiva, ao organizar um encontro com os amigos, comemorar um evento importante ou para nos recompensar por uma realização particularmente importante – mas a maioria das vezes é de modo prosaico, rotineiro, sem muito planejamento antecipado nem reconsiderações.

Se reduzido à forma arquetípica do ciclo metabólico de ingestão, digestão e excreção, o consumo é uma condição, e um aspecto, permanente e irremovível, sem limites temporais ou históricos; um elemento inseparável da sobrevivência biológica que nós humanos compartilhamos com todos os outros organismos vivos. Visto desta maneira, o fenômeno do consumo tem raízes tão antigas quanto os seres vivos – e com toda certeza é parte permanente e integral de todas as formas conhecidas de vida conhecidas a partir de narrativas históricas e relatos etnográficos. Ao que parece, plus ça chance, plus c’est la même chose… Qualquer modalidade de consumo considerada típica de um período específico da história humana pode ser apresentada sem muito esforço como uma versão ligeiramente modificada de modalidades anteriores. Nesse campo, a continuidade parece ser a regra; rupturas, descontinuidades, mudanças radicais, para não mencionar transformações revolucionárias do tipo divisor de águas, podem ser (e com frequência são) rejeitadas como puramente quantitativas, em vez de qualitativas. E ainda assim, se a atividade de consumir, encarada dessa maneira, deixa pouco espaço para a inventividade e a manipulação, isso não se aplica ao papel que foi e continua sendo desempenhado pelo consumismo nas transformações do passado e na atual dinâmica do modo humano de ser e estar no mundo. Em particular, não se aplica ao seu lugar entre os fatores determinantes do estilo e da qualidade de vida social e ao seu papel como fixador de padrões (um entre muitos ou o principal) das relações inter-humanas.

Por toda a história humana, as atividades de consumo ou correlatas (produção, armazenamento, distribuição e remoção de objetos de consumo) têm oferecido um suprimento constante de “matéria-prima” a partir da qual a variedade de forma de vida e padrões de relações inter-humanas pôde ser moldada, e de fato o foi, com a ajuda da inventividade cultural conduzida pela imaginação. De maneira mais crucial, como um espaço expansível que se abre entre o ato da produção e o do consumo, cada um dos quais adquiriu autonomia em relação ao outro – de modo que puderam ser controlados, padronizados e operados por conjuntos de instituições mutuamente independentes. Seguindo-se à “revolução paleolítica” que pôs fim ao modo de existência precário dos povos coletores inaugurou a era dos excedentes e da estocagem, a história poderia ser escrita com base nas maneiras como esse espaço foi colonizado e administrado.” (Zygmunt Bauman, “Vida para consumo, a transformação das pessoas em mercadoria”.)

Texto 04.

“Até as pedras sabem que uma bolsa Louis Vuitton custa 50 vezes mais que outra marca não porque seja 50 vezes mais bem-feita ou mais bonita, mas porque a sociedade de consumo a transformou em ícone explícito do poder aquisitivo. Não nos enganemos: o mesmo pode ocorre nos domínios da arte.” (Olívio Tavares Araújo, “No tempo do deus dinheiro”)

Proposta de redação 20N22A – dissertação – Fuvest, Vunesp, Uniube, Famema, Famerp, etc.

Aldous Huxley, certa vez, afirmou que “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão.”. Sobre esse contexto, faça uma dissertação sobre a importância dada ao consumo atualmente. Qual a sua opinião a respeito dessa situação?

Instruções para a dissertação da proposta de redação A:

  1. A situação de produção de uma dissertação argumentativa requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
  2. O tamanho da redação deverá ser adequado ao concurso pretendido, para tanto é importante que o texto deva ser adequado aos seguintes limites impostos pelas universidades até 2019: entre 20 e 30 linhas (Fuvest), 15 a 33 linhas (Vunesp), 25 e 30 linhas (Uniube), etc. Por isso, é imprescindível que a universidade pretendida seja informada com destaque logo após o código da proposta de redação na folha que será entregue para a correção. Do contrário, a correção levará em consideração a norma mais comum: 25 linhas como mínimo e 30 como máximo.
  3. Dê um título a sua redação.

Proposta de redação 20N22B – dissertação – Enem.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Consumismo no Brasil contemporâneo.”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções para a dissertação no Enem:

  1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
  2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
  3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
  4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
  5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
  6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Texto (s) de apoio para as situações C e D.

Consumismo: como evitar o excesso de compras por impulso

Leila Mendes 03/05/2019

Lidar com dinheiro definitivamente não é uma tarefa fácil. Você precisa se equilibrar e planejar o suficiente para fazer com que todas as despesas fixas caibam no bolso. Além disso, é necessário ter o bastante para também se divertir e lidar com as emergências que surgem no meio do caminho. Mas, para quem sofre com o consumismo, ou apenas não é disciplinado, esse objetivo se torna muito difícil, porém fundamental. A boa notícia é que dá, sim, para controlar o consumo desenfreado com algumas mudanças de hábitos. Confira!

1 – Não fuja do seu orçamento

O primeiro passo é colocar em uma planilha de Excel, bloco de notas, caderno ou agenda, todos os gastos do mês, somar tudo e conferir o vencimento. Nas despesas como contas de água, luz, seguro, aluguel e alimentação, é importante adicionar 10% ou 20%, considerando gastos não previstos ou variáveis. Com esses números em mãos será mais fácil evitar o consumismo, ainda mais se o orçamento tiver uma margem bem apertada.

2 – Anote tudo que você já gastou

Com o orçamento já planejado, o próximo passo é anotar tudo que você gasta à medida em que ocorre, sempre conferindo os números com seu planejamento. Desta forma, é possível observar se os gastos estão altos demais e precisam ser diminuídos ou extintos. Afinal, pequenos gastos não previstos podem se tornar um problema e, talvez, seja hora de olhá-los com cuidado.

3 – Cuidado com o cartão de crédito

Embora o cartão de crédito seja um excelente aliado se usado com consciência, ele também pode ser uma tentação para quem não consegue controlar as compras. Não é a toa que, quando usado sem controle e planejamento, causa diversos endividamentos. Para não ter problemas com isso, organize bem a forma de usá-lo e estipule limites e regras.

4 – Não deixe de economizar

Em meio a toda essa matemática, ainda é preciso economizar. Por isso, separe em média 10% do seu faturamento mensal e guarde para algum imprevisto, ou quem sabe, para investir… por que não? Mas atenção: não ache que essa quantia “extra” está sobrando e deve ser gasta, ok?!

5 – Passe bem longe da tentação

Disciplina é a palavra-chave para esse momento, então passe bem longe de locais ou objetos de tentação. Por exemplo, bateu aquela vontade de comprar roupas? Evite passear em shoppings e ver anúncios na internet. Gosta de jantar em um restaurante caro? Tente descobrir opções gostosas e mais baratas. Certamente essas atitudes vão fazer diferença no final do mês.

6 – Procure ajuda profissional sempre que precisar

O consumismo exagerado pode levar a algo maior, como:

– ansiedade;

– depressão;

– problemas emocionais e familiares;

– insatisfações pessoais e profissionais;

– dificuldade de raciocínio matemático;

– problemas de disciplina.

Não precisa ter vergonha em procurar ajuda, viu?! Os profissionais mais indicados nestes casos são os psicólogos e consultores financeiros.

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/cabelo/consumismo-como-evitar-o-excesso-de-compras-por-impulso/ar-BBTODIQ

Proposta de redação 20N22C – outros gêneros – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.

Escreva um editorial sobre o porquê de o consumismo, apesar de ser tão debatido quanto aos seus desdobramentos prejudiciais para a vida das pessoas, ainda é tão comum na sociedade contemporânea.

Proposta de redação 20N22D – outros gêneros argumentativos – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.

Faça uma carta argumentativa com solicitações embasadas nas do texto desta prova para que uma autoridade política de sua escolha articule uma grande campanha contra o consumismo no Brasil.

Instruções para as propostas de redação C e D:

Leia com atenção todas as instruções.

  1. Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
  2. Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
  3. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
  4. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA.
  5. Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
  6. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
  7. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

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