Tema de redação 19EV01 – série especial – transumanismo

Fonte: https://canaltech.com.br/ciencia/transumanismo-e-o-uso-da-tecnologia-para-aprimorar-a-condicao-humana-49223/

Texto 01.

“Claro que esse momento ia chegar. Usar microchips para tornar nossa memória infinita (não falei melhorar, percebeu!?). Usar hardwares para não precisar dormir, não precisar comer e ter a melhor performance nos esportes do mundo transformando seres humanos em ciborgues imortais. E se der para fazer mais sinapses e aproveitar todo o potencial do nosso cérebro com pequenas pílulas? Tudo isso podia ter saído de um filme ou uma série que ia ser super sucesso, mas quando vivemos na realidade a perspectiva tem de mudar um pouco. E essa realidade tem nome: transumanismo. É abreviado por H+ ou h+.

Esse movimento de super-humanos faz bastante sentido, afinal, o maior objetivo é transformar a condição humana por meio do desenvolvimento de tecnologias. Assim, alcançaríamos a era do pós-humano, já que nossas capacidades intelectuais, físicas e psicológicas serão amplamente melhores. Nada de envelhecimento, sofrimento ou morte. Sim, meu povo, já já a evolução biológica vai rodar em background.”

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/colunas/Novos-tempos/noticia/2018/01/transumanismo-os-super-humanos.html

Texto 02.

“Usar a tecnologia para que ela nos permita ‘viver para sempre’ parece uma possibilidade distante, mas, acredite, já há quem esteja trabalhando para que isso se torne realidade em menos tempo do que talvez imaginemos.

O empresário Elon Musk, por exemplo, está trabalhando em um projeto para conectar o cérebro humano a um computador. A ideia é “libertar” o cérebro do corpo, quando este estiver envelhecido, e abrir a porta para uma vida digital…eterna.

Esta e outras tecnologias fazem parte de um movimento chamado ‘transumanismo’, que defende o uso da tecnologia e da inteligência artificial para melhorar a qualidade da vida humana.

Trata-se de usar a tecnologia para aprimorar nosso estado intelectual, físico e psicológico, por meio, por exemplo, do chamado “mind-upload”, expressão criada dentro dessa filosofia para se referir à “transferência da mente” humana para um computador.

Os cientistas dizem que copiar a mente de alguém, suas memórias e personalidade em um computador é possível, em teoria – mas o cérebro tem muitos mistérios.

Ele têm 86 bilhões de neurônios, uma rede produzindo pensamentos via cargas elétricas.”

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-45626956

Texto 03.

“É relativamente consensual que uma era biotecnológica se aproxima (FUKUYAMA, 2002; LECOURT, 2003; BOSTROM, 2005c; JOTTERAND, 2010). Savulescu (2009) prevê que, em um futuro cenário de desenvolvimento biotecnológico, aquele que será instaurado com o progresso tecnológico no século XXI, alterar-se-á um dos mais tradicionais dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos a questão de que atitudes e deveres morais temos para com os seres compreendidos, atualmente, como animais não humanos (por exemplo, gato, cachorro, cavalo, etc.), a questão será que obrigações teremos com outro tipo de não humano, isto é, os chamados pós-humanos.

Para Savulescu (2009), pós-humana é uma dentre outras formas de vida, caracterizada por “seres originalmente ‘evoluídos’ ou desenvolvidos a partir de seres humanos, mas significativamente diferentes, de tal modo que não são mais humanos em qualquer aspecto significativo” (p. 214). Tal estágio seria alcançado através da aplicação de técnicas de manipulação, instrumentalização e artificialização da vida, do patrimônio biológico do humano, acarretando uma mudança de estatuto especista. Quer dizer, o humano, por iniciativa própria e com vistas ao melhoramento da sua natureza, deixaria de ser humano.

Esse hipotético futuro cenário pós-humano instituído pela revolução biotecnológica tem despertado entendimentos, reações e sentimentos opostos. Dentre outras discordâncias, enquanto uns defendem que a condição pós-humana será o resultado mais promissor do real poder beneficente da biotecnociência, pois ela representaria o ápice do melhoramento humano, outros temem que o seu eventual poder maleficente comprometa radical e incontornavelmente a natureza humana e tudo que, tradicionalmente, tem sido fundamentado nela.

Tal questionável dualismo de perspectivas sobre as consequências do melhoramento humano por vias biotecnológicas tem caracterizado um dos mais importantes debates no campo da ética aplicada (BOSTROM; SAVULESCU, 2009). Assim, o futuro da humanidade tem sido perspectivado através de uma problemática e obscurescente oposição binária de tipo “bem versus mal”. De acordo com Bostrom e Savulescu (2009), já se delineia uma linha divisória biopolítica entre aqueles que são pró-melhoramento – ou anti-anti-melhoramento, conforme Buchanan (2011) -, os transumanistas, e aqueles anti-melhoramento, os bioconservadores. Segundo os autores, em linhas gerais, aqueles “acreditam que uma ampla gama de melhorias deve ser desenvolvida e que as pessoas sejam livres para usá-las para transformar-se de maneira completamente radical”; estes, por sua vez, “acreditam que nós não devemos alterar substancialmente a biologia ou a condição humana” (BOSTROM; SAVULESCU, 2009, p. 1). Ainda sobre os bioconservadores, Agar (2004) assevera que eles não são conservadores em um sentido tradicional, mas sim em um mais fundamental, pois “ao invés de tentar proteger alguns modos de agir, eles veem-se como protetores tanto da humanidade quanto do significado humano” (p. 18)..”

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312014000200341&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Proposta de redação 19EV01A – dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)

Em uma dissertação argumentativa, responda a pergunta abaixo:

A possibilidade de o avanço tecnológico permitir o alcance da condição pós-humana ou do “transumanismo” configura um risco de eugenia de proporções inéditas para a espécie humana?

Instruções para a dissertação:

  1. A situação de produção de uma dissertação argumentativa requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
  2. O tamanho da redação deverá ser adequado ao concurso pretendido, para tanto é importante que o texto deva ser adequado aos seguintes limites impostos pelas universidades até 2018: entre 20 e 30 linhas (Fuvest), 15 a 33 linhas (Vunesp), 25 e 35 linhas (Uniube), etc. É imprescindível que a universidade pretendida seja informada com destaque logo após o código da proposta de redação na folha que será entregue para a correção.
  3. Dê um título a sua redação.

Proposta de redação 19EV01B – Outros gêneros – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.

Escreva uma crônica sobre as relações entre o “transumanismo” e a saúde humana.

Proposta de redação 19EV01C – Artigo de opinião ou editorial- Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.

Faça um artigo de opinião sobre os principais riscos do “transumanismo” para a humanidade.

Proposta de redação 19EV01D – carta argumentativa ou aberta – Unicamp, UEL, UnB, UFU, etc.

Faça uma carta argumentativa para o presidente do Conselho Federal de Medicina sobre a possibilidade ou a necessidade de haver limites éticos e legais para o “transumanismo” no Brasil.

Instruções gerais:

  1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação.
  2. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: o que estiver expressamente informado no edital, no manual do candidato, etc., do vestibular pelo qual você se interessa, que são as fontes de informação mais confiáveis a respeito dessa questão. Em hipótese alguma, escreva seu nome, apelido, etc., na folha de prova. Na dúvida, melhor nunca assinar um texto de concurso.
  3. Via de regra, não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação. Ainda que, em alguns concursos, é importante estabelecer conexões entre as informações dos textos de apoio do tema de redação com o repertório cultural do candidato.
  4. Respeite o mínimo e o máximo de linhas associado à prova de redação para a qual você se prepara. Informe a universidade na folha de redação de forma legível no local destinado ao código da proposta. Contudo, normalmente, o mínimo usado é de 25 linhas e o máximo de 30, ou algo parecido na maioria dos concursos no Brasil.

4.1. UnB – máximo de 30 linhas. A quantidade de linhas escritas interfere na nota final. “No cálculo da nota da redação, quanto maior o número de linhas efetivamente escritas, maior a pontuação.”.

4.2. Unicamp – até 22 linhas em cada um dos dois textos.

4.3. UEL – de duas a quatro redações. 12 pontos cada. Números mínimos e máximos variados entre 8 e 16 linhas a depender do gênero textual exigido.

4.4. UFU – 25 a 36 linhas. Um de três temas possíveis.

Instruções UFU:

Leia com atenção todas as instruções.

  1. Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
  2. Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
  3. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
  4. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA.
  5. Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
  6. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
  7. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
  8. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

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