Série de temas especiais – vestibulares – 2019EV4 – necessidade do ócio (Fuvest, Vunesp, Uniube e outros vestibulares.)

Fonte: Almeida Júnior, José Ferraz de (1850-1899) pintor e desenhista realista brasileiro – 1892 – óleo sobre tela – Leitura.

Estudos para tema de redação 2019EV04

Palavras-chave

Ócio, direito ao ócio, férias, trabalho, ocupação.

Texto 19E-26

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/lazer-aos-domingos-436075.phtml

Texto 19E-27

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200013

Texto 19E-28

https://mundosustentavel.com.br/podcast/ocio-criativo/

Texto 19E-29

Texto 19E-30

http://tvbrasil.ebc.com.br/trilha-de-letras/2019/07/ocio-e-criatividade

Tema de redação 2019EV04

Texto 01.

“O trabalho desenfreado é o mais terrível flagelo que já atacou a humanidade.” (Paul Lafargue, “O direito à preguiça”, 1880.)

Texto 02.

“A ideia de que os pobres devem ter direito ao lazer sempre chocou os ricos. Na Inglaterra do início do século XIX, a jornada de trabalho de um homem adulto tinha quinze horas de duração. Algumas crianças cumpriam, às vezes, essa jornada, e para outras a duração era de doze horas. Quando uns abelhudos intrometidos vieram afirmar que a jornada era longa demais, foi-lhes dito que o trabalho mantinha os adultos longe da bebida e as crianças afastadas do crime. Eu era ainda criança quando, pouco depois de os trabalhadores urbanos terem conquistado o direito de voto, e para a total indignação das classes superiores, os feriados públicos foram legalmente instituídos. Lembro-me de uma velha duquesa exclamando: ‘O que querem os pobres com esses feriados? Eles deviam estar trabalhando.’ Hoje em dia as pessoas são menos francas, mas o sentimento persiste, e é fonte de boa parte de nossa confusão econômica.

Não pretendo insistir no fato de que, em todas as sociedades modernas, fora a URSS, muita gente consegue escapar até mesmo de um mínimo de trabalho: os que vivem de herança e os que casam por dinheiro. Eu penso que o fato de se permitir que essas pessoas sejam ociosas não é nem de longe tão nocivo quanto o fato de se exigir dos assalariados que escolham entre o sobretrabalho e a privação.

Se o assalariado comum trabalhasse quatro horas por dia, haveria bastante para todos, e não haveria desemprego – supondo-se uma quantidade bastante modesta de bom senso organizacional. Essa ideia choca as pessoas abastadas, que estão convencidas de que os pobres não saberiam o que fazer com tanto lazer. Nos Estados Unidos, os homens costumam trabalhar longas horas, mesmo quando já desfrutam uma ótima situação, e ficam sinceramente indignados com a ideia do lazer para os trabalhadores, a não ser na forma do castigo cruel do desemprego. Na verdade, eles rejeitam o lazer até para os seus filhos. De um modo muito estranho, ao mesmo tempo que desejam que seus filhos trabalhem tanto que não tenham tempo de se civilizarem, esses homens não se importam que suas esposas e filhas não se dediquem a trabalho algum. A inutilidade esnobe, que nas sociedades aristocráticas se estende a ambos os sexos, numa plutocracia é limitada às mulheres. Isto porém não torna a inutilidade mais de acordo com o bom senso.

O uso judicioso do lazer, devo admitir, é produto da civilização e da educação. Um homem que toda a sua vida trabalhou longas horas irá se sentir entediado se ficar ocioso de repente. Mas, sem uma quantidade adequada de lazer, a pessoa fica privada de muitas coisas boas. Não há mais nenhum motivo pelo qual a maioria da população deva sofrer tal privação, e só um ascetismo tolo faz com que continuemos a insistir no excesso de trabalho quando não há mais necessidade. Mas o que acontecerá quando se chegar à situação em que o conforto seja acessível a todos sem a necessidade de tantas horas de trabalho?”

Fonte: “O elogio ao ócio”, Bertrand Russel.

Texto 03.

“Hoje, há um nível de ansiedade muito elevado e generalizado na sociedade. Uma das formas de aliviar isso é se ocupando. O problema não é estar fazendo alguma coisa, é se ocupar compulsivamente.” (” Ieda Rhoden, doutora em ócio e potencial humano)

Proposta de redação 2019EV4-A – dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)

Escreva uma dissertação sobre a importância do ócio para o desenvolvimento do homem no campo individual e social.

Instruções:

  1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
  2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
  3. Dê um título a sua redação.

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